quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

“Pobres homens, pois não sabem o que fazem”.

Às vezes gosto de ficar em silêncio e escutar o que ninguém ouve.
Ou talvez... O que ninguém para pra ouvir.
Ver o branco papel, imaginar algumas palavras para aliviar a alma, e assim sentir menos dor. Dói pra caralho viver neste mundo. Dói mais que uma dor de barriga.
Por isso escrevo. Preciso aliviar...
Tenho tendência a isolar-me das pessoas, não gosto de pessoas. Sei que também não sou perfeito, não seria hipócrita a esse ponto... Por isso, isolo-me.
A vida seria tão mais fácil se as pessoas soubessem qual é a ordem, e o sentido das suas medíocres vidas... Que não é somente o suprimento das suas inquietações carnais! Mas só se importam com as suas vaidades... Pois só se sentem como individuo, quando estão acima de outro, quando deixam seus semelhantes sentirem necessidade de vida. A vida que eles poderiam ter se tudo não girasse em torno de criaturas insensíveis, capazes de cometerem as maiores atrocidades, para sustentarem o brilho das suas jóias caras, e dos seus whiskys com sabor de remédio amargo.
Uma espécie formada por uma cadeia involutiva, onde quem está no topo obtém o poder, e os que seguem abaixo, o sustentam, sendo mantidos inconscientes por aqueles que estão no topo.
Alguns indivíduos doaram grande parte de sua existência na terra procurando o verdadeiro sentido da vida, e consequentemente fazendo desse objetivo, um sentido para as suas vidas. Enquanto outros passaram suas vidas sendo conduzidos, porém achando-se donos dos seus próprios narizes. “Pobres homens, pois não sabem o que fazem”.