sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Amargo retorno


Retado com a vida! Por ter sido mandado embora pela terceira vez, em menos de um ano
do meu trabalho, que nem gostava muito, assinei uma rifa, e resolvi também apostar na loteria, pra ver se a vida mudava e Deus abençoava. No caminho de volta pra casa. Para colocar as idéias em ordem, ao invés de levar o pão, passei num barzinho, só pra tomar uma, e refrescar as idéias melhor, chegando, fui logo pedindo uma bem quente! Aí, fui pedindo uma,duas,três... Não me contentei em ficar, só na primeira dose, aliás, como tudo na minha vida. Olhando para o relógio... Percebi que era tarde, então resolvi voltar para casa. No meio do caminho, próximo de casa, aproximam-se dois camaradas que eu nunca tinha visto mais feios, um deles passou empurrando-me com os ombros, enquanto o outro puxa uma faca e mira na minha direção. Peço-lhes que tenham piedade, pois sou um homem trabalhador e pai de família, mas graças a Deus! só levaram todo o meu dinheiro, deixando a minha vida. Seguindo meu caminho, pensando no que iria dizer para mulher quando chegasse em casa, senti uma enorme dor de cabeça, era como uma enorme pedra sobre mim! Chegando em casa. Com medo da reação da mulher, dou leves passos, e rapidamente percebi que os móveis haviam sumido, achei que foram os assaltantes que passaram e levaram tudo, mas não. Olhando para um bilhete colado na porta do meu quarto, percebi que era a caligrafia da minha mulher. Dizendo... Que estava cansada de toda aquela vida de mentiras e miséria, pois havia encontrado um homem que dava-lhe muito valor, por isso, estava abandonando-me, levando consigo as crianças. A partir daquele momento, era como se um abismo estivesse dentro de mim, era como se a vida estivesse vomitando toda merda que tinha feito nela por todo aquele tempo. Não suportando toda dor que expulsava a minha alma. Caminhei para o quintal. Rasgando o último lençol, que ainda continha o cheiro dela, fiz um laço e amarrei-o num galho da árvore , junto a qual fizemos juras de amor eterno até que a morte nos separasse. Colocando em volta do pescoço, após subir na árvore. Pulei! E a vida piedosamente deu-me uma nova chance.

2 comentários:

Camila disse...

Que forte, heim?
Gostei muito da maneira que você escreve... me faz "entrar" no texto.
Beijo e boa semana

Árion Aleixo disse...

Quanto drama... por que tudo isso?